Artistas colorem a orla de Navegantes através do projeto Ilhas de Arte & Cores na Cidade

17 12 20

Com o objetivo de valorizar a cultura local e colorir a cidade de Navegantes, em Santa Catarina, iniciou em 16 de novembro, o projeto Ilhas de Arte & Cores na Cidade, parte da Campanha de Verão da SBJ Construtora.


Através do grafite, a iniciativa transformou quatro tapumes, no total de 148 metros quadrados, em obras de arte instagramáveis. O projeto foi assinado por três incríveis artístas locais: Lark, Arte do Rizo e Parede Viva.


 



 


Arte do Rizo


 


Rodrigo Rizo trabalha com grafite desde 2001 e tem grandes influências dos movimentos do skate e do hip-hop. Faz parte do coletivo Contato Imediato, um grupo pioneiro em Florianópolis. Sua carreira rendeu diferentes convites e sua arte está em locais como o Chile, Peru, Suécia, Miami, Mumbai, Milão e São Paulo.


A fonte para a inspiração do projeto Ilhas de Arte & Cores na Cidade foi a paisagem local – a perspectiva da cidade vista do mar, a partir de um veleiro. Tentei transportar para a parede uma perspectiva da cidade vista do mar a partir de um veleiro. Na cena se observa uma baleia que emerge acenando para dar as boas-vindas aos visitantes. Ao fundo estão os molhes, o farol e um surfista dropando uma onda. Buscou compor uma cena que proporcione uma perspectiva diferente da vista da orla, oferecendo ao espectador um fundo de foto que ele só teria a partir de uma embarcação colocando ele na posição de um navegante.


Parede Viva


 


André do Parede Viva Studio não se define como grafiteiro, artista plástico ou outros rótulos específicos. Gosta de ser apenas artista.


Seu maior objetivo em relação ao seu trabalho é a democratização da arte – agradar visualmente, acolher sentimentos e fazer com que o maior número de pessoas, de diversas classes, gêneros e idades, se identiquem com o que veem.


O que mais o motiva como artista é que as pessoas possam interagir com sua arte. Não é preciso nenhum requinte intelectual para compreendê-la, não é um trabalho restrito à uma galeria, está em locais abertos – para que se possa visualizar e falar sobre.


Quando pensa em inspirações, não pensa em nomes. Suas inspirações são os movimentos da natureza – o movimento do ar, das ondas, as curvas das montanhas; todas as ondas orgânicas que se entrelaçam e formam cores.


Suas influências foram construídas ao longo dos anos de trabalho – um coletivo de experiências, que transformaram sua arte no que é hoje.


Em relação ao projeto da SBJ Construtra, o que mais gostou foi da oportunidade de ‘dividir o palco’ com outros artistas, de estilos variados, conviver e trocar conhecimento.


Sua inspiração para o projeto em si foi estar à beira mar – as ondas, a areia, a praia e o clima.


O processo craitivo começou com imagens figurativas – mais diretas, alocando onde cada uma seria disposta. Em seguida, o preenchimento – onde vão estar ondas, areia, água e o que vai se entrelaçar, para formar cores, tons e sobretons.


Por fim, a mensagem que André gostaria de passar é que existe um espaço entre o que artista fala e o que o público compreende, mas gostaria de deixar a mensagem de uma energia positiva, de alegria, vida – por isso o nome Parede Viva Studio. A arte leva vida à uma parede branca e humaniza o local onde está.


 


Lark


 


Designer por formação, Lark sempre se perguntou sobre quem era e quem gostaria de ser. Já quis ser bombeiro, dançarino, músico, ator e por fim, artista.


Nunca pensou em ser um desenhista profissional, talvez porque desde sempre fosse um. Hoje entre muitos termos, definições e rótulos: pintor, artista plástico, artista visual, grafiteiro,  se vê como desenhista e sente que seus pensamentos querem se tornar formas para transmitir o que o coração deseja.


O que o motiva é acreditar na arte como um fio condutor, que esteve sempre consigo.


Desde a infância teve contato com vários tipos de arte – música, teatro, cinema, dança e poesia. Cresceu em um lugar simples, mas nunca faltou nada, pois em casa, ele e seus irmãos – a escadinha, como seu pai dizia – a magia da arte esteve sempre presente. Cita o teatrólogo Stanislavski: ‘’Para aqueles que não são capazes de crer, existem os ritos. Para aqueles que não são capazes de inspirar respeito por si mesmo’’. Lark não faz arte, vive ela de dentro pra fora.


Como inspiração, cita seu pai, Victor Sieczko – que criou Lark e os irmãos de forma livre, para que fossem o que quisessem. Depois cita sua avó paterna, Anastácia Sieczko, que não conheceu, mas por quem sente uma forte ligação – uma artista mulher, em tempos difíceis, chamada de ‘’louca’’, ‘’artista’’, ‘’sanfoneira’’. Afirma que a sente como uma extensão de sua alma.


Além dessas grandes inspirações, Lark também cita artistas como Van Gogh, Monet, Delacroix, Szukalski. Já do universo contemporâneo Os grafiteiros Gêmeos, a artista plástica Marina Rodrigues, Rita Wainer, Hanna Lucatelli, Mag (Magrela) e muitos outros.


Do seu universo inspirador, cita Paganini, Vivaldi e Bach. Na literatura, Shakespeare, Júlio Verne, Victor Hugo, Tchékhov e Fitzgerald. E como ídolos de infância tem Michael Jackson e Freddie Mercury.


Para o primeiro mural – A Ilha Misteriosa, sua principal referência foi Júlio Verne, autor de clássicos de ficção da estrangeira e outros elementos da cultura religiosa popular da cidade de Navegantes e região, como o templo e a ilha, ilustradas nas imagens de Nossa Senhora dos Navegantes, Guadalupe e outra santa que pode ser entendida como uma divindade com a qual o público se identifique. Na obra também há um totem, que faz menção ao escultor polonês Stanisław Szukalski.


Já o segundo mural foi inspirado em sua própria história. A mulher ao centro representa o futuro, inspirado em seu encontro com a artista plástica Marina Rodrigues, que o ajudou a se libertar como artista. Atrás da figura feminina há um pássaro gigante, uma gaivota que representa um ser mágico, que transporta um oceano em suas costas. ‘’Meu pai me disse que quando eu era pequeno desenhava gaivotas muito bem. Em meados de 1997, quanto eu tinha 11 anos, ele disse que eu poderia ser conhecido como um desenhista de pássaros e eu o ouvi’’. Outro elemento é o Farol, que dá título à obra: Longa Luz Amarela, inspirado no romance O Grande Gatsby, de Fitzgerald.


O seu processo criativo funciona através da concentração extraordinária, ‘’que é um processo de profundo encontro com a arte e significados escondidos que se revelam no decorrer da criação’’, afirmou.


Para Lark foi um grande desafio inicialmente – criar dois painéis de 30m em uma semana e posteriormente executá-los em duas semanas. Mas ums experiência linda e emocionante.  ‘’A arte nos integra, multiplica corações e criações, porque o coração deseja transmitir aos olhos o que ele mais acredita, que é arte do começo ao fim’’, concluiu.


Todo o processo foi captado e transformado em vídeos, que podem ser conferidos através das redes sociais e do canal do YouTube da SBJ Construtora.


As obras estão localizadas, uma na esquina da Rua José Romão, outra na esquina com a Rua Apolinário brandão, a terceira na esquina da Rua Arno Gaya e a quarto na Praça Cental e o público já está interagindo – fotografando, postando e usando a #sbjconstruindoarte nas redes sociais.


 




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